sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Musica - Um andarilho


Ontem, pela meia noite, peguei meu violao e comecei a tocar algumas harmonias relachantes. Mas como ja era tarde fui tomar um banho p/ dormir. Foi entao que durante o banho surgiram outras harmonias....dessa vez muito mais meditativas! E alguns versos logo surgiram. Os versos tem total ligacao com meu ultimo post O Andarilho. Entao ali nasceu uma chamada. Se chama Um andarilho. Ainda nao consegui transformar ogg em mp3, mas abaixo esta a cifra da musica.


Um andarilho (Thiago Barreto)

Em
Vai me ensinar

D/B
Vai me mostrar

Em          A9/F#      D/B   D
Que em toda rua    ha    desvios

Em
Vai me ensinar

D/B
Vai me mostrar

Em                 A9/F#  D/B       D
Que a chuva cai e     limpa a terra

Em
Vai me ensinar

D/B
Vai me mostrar

Em                    A9/F#      D/B      D
Que para todo tempo  ha dois    caminhos

Em
Vai me ensinar

D/B
Vai me mostrar

Em                                A9/F#  D/B      D
Com a mente aberta e luz       vejo meu destino


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Diálogo com um andarilho

Hoje tive um sonho muito louco! Apesar de psicodélico e bobo, ele foi repleto de mensagens e lições.

Tinha ido a um lugar onde parei meu carro, mas não me recordo ao certo o que fazia ali. Lembro-me somente que era próximo de onde morava quando criança, ali no bairro Vila Ema. Depois que terminei meus afazeres, planejava ir embora, mas não me lembrava de jeito algum onde tinha deixado o carro! Numa situação bem pior de quando esquecemos onde paramos o carro no shopping. Nesse instante apareceu um andarilho e começou a me questionar:



- É meu jovem, damos muito valor para o futuro, às coisas que ainda vão acontecer, sempre tentamos prevê-lo, mas às vezes esquecemo-nos do nosso passado. Não se lembra de onde deixou seu carro?

- Um minuto antes ou um minuto adiante é a mesma coisa...

Neste instante me jogou uma maçã e peguei-a com a mão antes que caísse no chão ou acertasse meu rosto.

- Como conseguiu pegar a maçã? - Questionou-me o andarilho.

Respondi logo que sabia o seu curso e que foi fácil pega-la. Então continuou:

- Então consegues prever o futuro? ... Do mesmo modo que calculou aonde a maçã iria, consegues lembrar onde deixou o carro!

Fiquei muito desconcertado e logo encontrei meu carro, mas antes que eu pudesse abrir a porta, o andarilho começou a indagar mais questionamentos:

- O que existe agora no ponto inicial da criação de Tudo? O que deve ter lá agora? Nada? – Sorriu.

Não soube responder de bate e pronto, mas logo pensei em responder algo relacionado ao Big-Bang. Neste instante o velho fechou os olhos e entrou de alguma forma em minha mente, colocando-me visões.

A partir deste momento meu sonho deixou de ser em preto e branco para ser todo colorido, isso porque raramente consigo sonhar e ver cores.

As visões começaram com uma espécie de força, algo transparente, mas muito forte. Não se parecia com luz, nem matéria, somente força. Aquilo estava se enrolando, puxando, se contorcendo. Como se fosse invisível aos instrumentos telescópios e etc.

- É por isso que nenhum cientista ainda descobriu isso, não é mesmo? – Falei. O andarilho sorriu. Logo percebi que ali era o local exato da onde Tudo neste universo tinha começado. Era o local de tempo zero, o inicio de tudo, o local do Big-Bang.



No centro era como uma esfera, uma estrela que não irradiava luz, mas que exercia uma força tão grande que era capaz de “dobrar” o universo. Parecia uma bala, bala mesmo, tem o papel que encobre a bala, que fica torcido ao seu redor. Era muito parecido, mas no caso, ficava se retorcendo infinitamente. Aquilo estava retorcendo e puxando o espaço, que nem o plástico de uma bala! O espaço pode ser imaginado como um plano, onde os planetas, astros distorcem esse plano conforme sua força gravitacional.

Neste momento, o andarilho acelerou o tempo. Muitos e muitos anos-luz por nano segundos (risos). Aquela energia estava realmente puxando todo o plano universal. Algo parecido com um buraco negro. Aquilo foi puxando e puxando até o tamanho de uma cabeça de alfinete.

Foi então que o mais espantoso aconteceu. Depois daquilo, havia mais coisas, além do universo. Muito mais, mas muito mesmo. Era como se outros universos existissem, todos eles ficavam transparentes à medida que iam se distanciando. Tudo em volta era branco, simples luz branca. Não tinha força alguma, simplesmente tudo branco. Foi o mais longe que fui, pois no próximo instante o andarilho abriu meus olhos e voltamos ao local onde estava com meu carro.

Assim o andarilho foi embora e me deixou ali, sem mais. Eu achei meu carro, e de quebra aprendi varias lições!